7 motivos para aprender a programar em Cobol

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Uma linguagem de programação procedural, verborrágica, difícil de dominar, que as universidades não ensinam mais, criticada por (quase) todo mundo mas que continua viva e forte há quase 60 anos nas maiores empresas do mundo.

Tenho pelo menos sete motivos para você aprender essa linguagem.

Tem muita revista especializada falando, de uma forma ou de outra, que o momento para aprender COBOL é agora. Veja uma lista com alguns desses artigos mais adiante neste post.

Na minha opinião, começaram a perceber que:

1. Está faltando gente

As faculdades não ensinam. As editoras não publicam. Os portais são poucos, pouco práticos, ou abandonados. Cursos livres são raros e caros.

Mas as organizações continuam usando, e muito. Bancos, grandes seguradoras, grandes redes varejistas, concessionárias de serviço público, agências do governo, indústrias dos mais diversos segmentos continuam mantendo seus sistemas críticos, escritos décadas atrás, em COBOL.

E os bons programadores, os mais experientes, estão se aposentando. Ou morrendo.

2. Aprender é fácil

Ao contrário do que muita gente pensa, aprender a programar em COBOL é fácil. Se você aprendeu a programar em C, Java, PHP, Ruby ou Phyton, COBOL vai parecer estranho no começo. Mas em menos de três semanas você vai achar muito mais simples.

Quer um exemplo? Leia o comando abaixo e tente descobrir o que ele está fazendo:

ADD 1 TO CONTADOR-DE-REGISTROS

3. COBOL roda em qualquer lugar

Existem compiladores COBOL rodando em qualquer equipamento que você possa imaginar.

Algumas semanas atrás, eu peguei um programa COBOL escrito em 1991 para um mainframe IBM, alterei as referências a arquivos externos, compilei no GnuCOBOL e rodei num Mac OS X.

4. O COBOL de ontem roda no compilador de hoje

A última revisão ISO do COBOL (de 2002) incorpora diversas alterações estruturais e normatiza a sintaxe e o funcionamento da orientação a objetos nessa linguagem. Apesar de todas as mudanças e inovações, você consegue usar um compilador COBOL/2002 (da Micro Focus, da IBM ou mesmo de um projeto Open Source) e compilar um programa que foi escrito em 1964, sem alterações.

Esse é um dos motivos que contribui para que o COBOL não seja substituído nas grandes empresas.

5. Existes muitas plataformas (diferentes) para desenvolvimento

Se você é como eu e prefere trabalhar com VIM na tela preta do terminal, tudo bem. Se está acostumado com IDEs mais flexíveis e inteligentes, tudo bem também. É possível usar Eclipse e Visual Studio para desenvolver em COBOL.

6. Performance

Esse tema é controverso. Alguns anos atrás, numa daquelas deliciosas discussões técnicas de botequim, um grande amigo meu – evangelista do Java – me desafiou para “a luta do século”: dois programas, um em COBOL outro em Java, executando a mesma função. O mais rápido venceria, na presença de testemunhas (por acaso, os mesmo programadores que estavam na mesa do botequim).

Quando mencionei o tempo que tinha obtido nos primeiros testes, ele desistiu e nunca apresentou seu programa e eu venci por WO.

Os arquivos indexados do COBOL usam uma estrutura do tipo “b-tree” que o tornam imbatível mesmo quando precisam tratar de terabytes.

7. O COBOL foi desenvolvido para ser auto-documentável

Se você já programa em outra linguagem, tente dar um passo atrás e se colocar no lugar de alguém que está começando agora.

O que você acha que é mais fácil de entender?

Opção 1:

System.out.println(i);

Opção 2:

DISPLAY I

Na boa… se você escolheu a primeira opção, você não deu o passo atrás que eu pedi. 🙂

O que algumas publicações têm falado sobre o COBOL?


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